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Paris. Basta-me escrever o seu nome para sentir o cheiro dos crepes a pairar no ar, as valsas e boleros dos músicos pelas ruas, as mulheres nos seus elegantes vestidos e os homens com a sua postura distinta, as dezenas de centenas de milhares de avenidas, ruas e quelhos repletos de história embebida em Patisseries, museus, teatros, vida. O Sena como um pulmão, a Torre Eiffel como o bordão onde toda uma cultura de encantos e romances se mistura com as mais diversas formas de vida. Sim, Paris.
Durante os três dias em que permanecemos em Paris fomos abençoados por um dilúvio. Apesar disso, o encanto não esmoreceu nem um pouco. Foi a minha primeira verdadeira paixão, neste interrail.
A estação de Montparnasse não é a estação mais bela do mundo, com a quantidade enorme de pessoas que atravessam os seus muros de betão e as suas inúmeras lojas comerciais mas é fora da estação que o encanto começa. Magnífico. Hospedados na Woodstock Hostel, recebidos pela simpática Nina, o endoidecido Gino, a extremamente atraente Claire e o gato chamado Jesus, partimos para uma cidade iluminada. Viajamos pelas quengas de Pigalle, pelo Les Deux Moulin e a nostalgia de estar no café da Amelie, pelo Moulin Rouge e os seus preços exorbitantes, pelo Sacré Cour e pelos Crepes com Nutella. Tudo estava iluminado.
Com os anos da Ana e do Gero em vista, rumamos à Torre Eiffel pelo meio de centenas de prédios e praças imperiais, arranjamos alguma comida e bebida e refastelamo-nos no grande parque por baixo da torre enquanto admirávamos a bela gigante. Não nos sentimos vivos até vermos a Torre Eiffel por cima de nós, com toneladas inomináveis de ferro e seres humanos por cima de nós, numa aspiração aos céus que nenhuma forma de arte poderá ter. Não nos sentimos vivos até vermos a Torre Eiffel transformar-se, às dez da noite, na Blinking Tower, na Highffel Tower, na nossa única e real paixão de verão. A festa com bela Maria Paradise de Jersey, com as suas dementes amigas, com o puto americano que falava melhor inglês do que eu, com as dezenas de pessoas que nos aturaram na fila antes da subida. O cantar de parabéns em 5 línguas diferentes, o termos a Torre Eiffel para 8 marmanjos e marmanjas que festejam duas festas de anos num só dia. Foi encantador.
No dia seguinte pela manhã, fui visitar Jim Morrison, deixando-me comover por um homem que encantou uma geração. Ali, no cemitério de Pére Le Chaise, pensei como seria bom conhecer aquele ser humano que agora morto, jaz protegido por grades e polícias, evitando que os apaixonados provem a sua devoção a um qualquer Deus. Ali, fulminado, quis ser Jim Morrison.
Percorremos Paris de lés a lés, a imponente Bastilha, os empresários de fato e gravata a correrem para o seu emprego, o esplêndido Panteão e o pêndulo de Foucault, as meninas parisienses com as suas botas, chapeu e elegante perfil, o coração palpitante que é o Louvre com os fantásticos sarcófagos e a pequena Mona Lisa, os cheiros a cozinha turca e a pão fresco, a magnificência de O’rsay, as avenidas que mesmo sendo cinzentas se recheiam de árvores, relva e arquitecturas de brandar aos céus, a moderna La Défense, a quantidade exageradamente rica de scooters, os encantadores Champs Élysées, as lojas megalómanas da Cartier, Louis Vuitton, Hugo Boss, o soberano Arco do Triunfo. Exausto, deixei Paris tendo-a como minha eterna companhia, amante, mulher, vida, tendo Paris como minha.
6 Comments:
=)
Paris é a cidade onde quero deixar-me ficar velhinha. Amo essa cidade. Tenho saudades tuas. Um dia destes vou ter contigo*yours,
marta
Paris... :) deste muitos beijinhos por aí?eheh
beijinho pa ti
cheira-me que este blog so vai servir pa eu ter inveja de ti... muita inveja =)
Beijo***
ohhhh ao ler este post fiquei com tantas mas tantas saudades de Paris!!! consegui sentir o cheiro das patisseries e brasseries espalhadas pelas ruas...
aii aii Je t'aime Paris!!!
Beijinho grande ***
Continuação de Grande Ramboia em Nuremberga!
Foda-se ate no nariz tens pelos..!...da pra ver daki...peludo E narigudo, como eh k nao ficaste retido no aeroporto!?!
Ehs o maior:) missumr*
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